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Capanema, Nordeste paraense, Brazil
Alunos do curso de Licenciatura em Letras da Faculdade Pan Americana-FPA

sábado, 11 de setembro de 2010

DIALETOS

DIALETOS




O Pará tem pelo menos dois dialetos de destaque: o dialeto paraense tradicional, usado na capital Belém, no nordeste do Pará, Oeste do estado, e em boa parte do território estadual; enquanto outro sotaque é utilizado na região sudeste do Pará (região de Carajás): um dialeto derivado de misturas de nordestino, mineiro, capixaba, goiano e gaúcho.

Dialeto paraense tradicional: tem como característica mais distintiva o raro uso do pronome de tratamento "você", sobretudo nas intimidades, substituindo "você" por "tu": "tu fizeste", "tu és", "tu chegaste", muitas vezes chegando a omitir o pronome "tu", verbalizando expressões apenas como: "chegaste bem?", "já almoçaste?". O "r" e o "s" são pronunciados de maneira semelhante à do Rio de Janeiro. Tal dialeto é considerado brando (à exceção da letra "s") e possuidor de menos vícios de linguagens, comparado aos outros do Brasil, sendo encontrado em toda a região da Amazônia, inclusive litoral do Maranhão, e decorre da forte colonização portuguesa sem influência de outros povos. Também é conhecido como Amazofonia.

Existe concordância dos verbos com relação ao pronome de tratamento, diferenciando-se situações informais das formais:

eu te avisei (informal) x eu lhe avisei (formal)

Ramo ré (informal) x vamos ver (formal)

vem ver, é para ti (informal) x venha ver, é para você (formal)

compra um açaí (informal) x compre um açaí (formal)

atende o telefone que é para ti (informal) x atenda o telefone que é para você (formal)

Uso menos abusivo do Que: o paraense faz um pouco menos uso dos ques que outros brasileiros, nunca coloca dois ques juntos. Exemplo:

que isso? ao invés de que que isso?

quanto isso custa? no lugar de quanto que isso custa?

qual é o nome disso? ao invés de como que isso chama? (sic)

como vai ser? substituindo como que vai ser?

No x para: nesse sotaque, o para é mais utilizado quando o sentido é ao ou à em substituição ao no:

ele vai "pro" cinema ao invés de ele vai no cinema

eu vou "pra" feira no lugar de eu vou na feira

ela foi "pro" shopping em detrimento de ela foi no shopping

Semelhanças e diferenças:

apesar de soar como sotaque carioca para muitos paulistas, é nitidamente distinguível o sotaque paraense do carioca. Já que o paraense tem bem menos gingado e conjuga mais verbos como em Lisboa, como "foste", "chegaste", etc.

apesar de muitos brasileiros esperarem um sotaque nordestino quando se fala em Pará (talvez por não acreditarem que o estado localiza-se na região Norte), é ainda maior a diferença entre o sotaque do Pará e os da região Nordeste

Dialeto da Região de Carajás: marcante o uso do "s" como o de São Paulo, e outras peculiaridades. Essa maneira de falar existe no Pará desde meados da década de 1970, quando houve uma maciça migração desordenada de nordestinos, goianos, sudestinos e sulistas para a região, atraídos com a descoberta da maior reserva mineralógica do planeta (Carajás) e pela oferta em abundância de terras baratas. Também são conhecidos como amazônicos da serra, pelo motivo dessa região estar distante do vale amazônico, em altitudes mais elevadas, aproximando-se do planalto central.

http://pt.wikipedia.org

Deyde Carla

Élida Emanoelli

Heloíde Brito

Lyara Anne

Mayra Suany

13 comentários:

  1. Interessante! Eu acho bonito a maneira como o paraense fala. É mais poético usar o 'tu' que 'você.' Sou apaixonado por linguística e adoro saber dos falares das outras regiões do nosso lindo Brasil. :)

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  2. discordo com isso, sou paraense!! a gente não diz isso: "tu fizeste", "tu és", "tu chegaste" , falamos bem diferente do nordestino, em vez disso é : "tu fez?" "tu é?" "tu chegou?"

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    1. Você acabou de rasgar a gramática de uma vez por toda. Se já estava ruim com essa explicação da forma como esse pessoal detalharam e agora com a sua piorou. Eu prefiro a primeira mesmo não concordando com algumas coisas.

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    2. Sou paraense, e todo mundo proximo5a mim fala "tu fizeste". Todos nós conjugamos o verbo corretamente. Não sei de que parte do Pará tu és, pode ser as diferenças das influências dentro do próprio estado

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  3. Gaby, tenho uma amiga que mora aí no Pará, especificamente em Santarém. Quase todo ano ela vem pra cá pro Rio. Eu sempre escuto ela falando "tu fizeste". Talvez seja questão de sotaque regional.

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    1. Concordo que falamos tu fizestes fazemos uso bastante do S.

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    2. Ainda não vi nada de incomum na forma de falar dos Paraenses nessas explicações. Se eles falam tu fizestes, isso é a conjugação do verbo FAZER na segunda pessoa do singular. Onde há graça nisso? O pior é o carioca falar "muler" em vez de mulher. "Aí na moral", "rapa" em vez de rapaz, "muleque" em vez de moleque. "sangue bam". Isso sim é falar errado com uma conversação recheada de gírias.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá! Sou de Santarém do Pará, muito interessante seu post. Pelo que percebi os mais velhos que falam "tu fizeste", meu pai fala assim. Já os mais jovens falam como a Gaby Araújo relatou. Por exemplo: tu chegou bem ?

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  6. Eu sou do interior do nordeste paraense. Tenho o sotaque bastante forte. Eu conjugo bastante os verbos dessa forma. Muito bom o post e dei belas risadas identificando algumas coisas na minha voz.

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  7. Tu vais assistir o jogo da seleção brasileira?

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  8. Concordo totalmente, tenho uma tia que é paraense, e fala desse jeito mesmo, conjuga o pronome tu corretamente.

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